26/04/13

Torneio Drive to the Finals - Dia 7

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.



Jogos de hoje: NYK @ BOS, SAS @ LAL, DEN @ GSW

Numa estratégia de apostar novamente nas séries que se encontram 2-0, a dúvida será sempre entre um jogador dos Lakers ou dos Celtics, ambos desesperados por vitórias caseiras hoje. Dwight Howard pode ser uma grande aposta, dadas todas as lesões em LA; no entanto, e mais por uma questão de 'feeling' do que por algum motivo mais racional, irei escolher Paul Pierce. Estou com fé que o capitão dos Celtics hoje irá fazer um grande jogo, com sorte até um triplo-duplo.

Dia 7 - Paul Pierce (Boston Celtics)

Playoffs num minuto - Grizzlies passam de agredido a agressor


Bucks 91, Heat 104 (0-3)
Defender com tudo Jennings e Ellis, e utilizar uma 'run' na segunda parte para resolver o jogo: pelo terceiro jogo consecutivo, foi esta a fórmula utilizada pelos Heat, tendo sempre a vitória como resultado. Apesar da pior noite da carreira de Wade em termos de lançamento (4 pontos, 1-12 FG), Miami contou com 22 pontos de Lebron, um duplo-duplo gordinho para Chris Bosh (16-14) e ainda 23 pontos de Ray Allen, que com os 5 triplos de ontem passou Reggie Miller como homem com mais triplos na história dos playoffs

Bulls 79, Nets 76 (2-1)
"If we can't score the basketball, we're gonna make pretty sure the other team can't, too" - Tom Thibodeau. Podia deixar aqui esta frase e seguir em frente, que o jogo estava resumido. Novamente com a defesa dos Bulls a funcionar, os Nets nunca conseguiram entrar num ritmo ofensivo, e Chicago fez o suficiente no ataque para ganhar vantagem na eliminatória. Num jogo bastante feio, uma curiosidade: Carlos Boozer (22-16) e Luol Deng (21-10) tornaram-se os primeiros Bulls a fazer 20-10 no mesmo jogo de playoffs desde... Michael Jordan e Scottie Pippen, em 1993.

Grizzlies 94, Clippers 82 (1-2)
Jogo crucial para as aspirações dos Grizzlies, que em frente ao seu público não desiludiram, jogando ao seu estilo e controlando o jogo de princípio ao fim. Zach Randolph e Marc Gasol controlaram as operações, amealhando juntos 49 pontos e 19 ressaltos, dominando o interior e nunca deixando os Clippers jogarem ao ritmo que queriam. Blake Griffin esteve bastante apagado (16 pontos, apenas 6 a partir do 2º período, e 2 míseros ressaltos) e Chris Paul teve uma das suas piores performances nos playoffs (11 pontos, 4-11 FG, 4 assistências e 5 turnovers.).

Playoffs num minuto - Thunder sobrevivem... por pouco


Thunder 105, Rockets 102 (2-0)
Oklahoma City escapou de uma derrota-surpresa no jogo 2 da série. Depois de ter deixado escapar uma vantagem de 12 pontos no último parcial, triplos de Durant e Sefolosha garantiram vantagens preciosas nos últimos minutos, acabando por serem suficientes para levarem de vencida os forasteiros. KD e Russell Westbrook contribuíram com 29 pontos cada, num jogo em que James Harden esteve imparável a atacar o cesto (36 pontos, 17/20 FT) e foi o melhor em campo. Para além da lesão de Lin, que não jogou a 2ª parte (e está em dúvida para o jogo 3), o jogo ficou marcado por um erro grave de arbitragem que mudou completamente a cara do jogo - com um minuto para jogar, Perkins agarrou ostensivamente o braço de Chandler Parsons, impedindo-o de contestar um triplo de Sefolosha, transformando um jogo de 1 ponto diferença num de 4.


Pacers 113, Hawks 98 (2-0)
Noutro jogo sem história, os Pacers voltaram a passear e comandam agora a série por 2-0. Paul George voltou a ter um grande jogo, com 27-8-3, e continua a abusar de Kyle Korver. Josh Smith e David West estiveram em 'foul trouble' e não tiveram grandes contribuições, e Lance Stephenson está em dúvida para o jogo 3.


Spurs 102, Lakers 91 (2-0)
Sem Kobe Bryant indefinidamente, sem Jodie Meeks, e com os Steves (Nash e Blake) a lesionarem-se ontem, os Lakers estão com os seus 4 melhores bases entre o 'em dúvida para o jogo 3', 'com muitas dores' e 'de muletas'. Alguém que chame o Magic Johnson, o tire do estúdio da ESPN e ele que venha dar uma ajudinha. Perante o número de baixas, Tony Parker explodiu para uma 2ª parte extraordinária (24 pontos, 28 no total) e fez o que quis da defesa de LA, num jogo que foi mais desequilibrado do que os 11 pontos de diferença sugerem, tendo os Spurs ganho com tranquilidade. A equipa de San Antonio joga um basket espectacular (e nem parece estar a esforçar-se muito), como mostra o vídeo abaixo: dois homens a abrir no 'weakside', para deixar espaço para Leonard, Duncan e Parker trabalharem - Leonard dá para Parker e aproveita um 'back-screen' do imortal Timmy-D para concluir um alley-oop tão fácil que até dá pena. Lindo.

25/04/13

Torneio Drive to the Finals - Dia 6

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.


Jogos de hoje: MIA @ MIL, BKN @ CHI, LAC @ MEM

Com a série empatada a 1 jogo, não tenho qualquer pressa em utilizar jogadores dos Nets e dos Bulls. Ao invés disso, tanto Milwaukee como Memphis se encontram a perder por 2-0, e como tal irei apostar num jogador destas equipas. Dos candidatos que tenho à disposição realçam-se Monta Ellis, Marc Gasol e Mike Conley; no entanto, não confio o suficiente em Ellis uma vez que é marcado por Dwyane Wade. Sendo assim, a dúvida é entre Mike Conley (que está a fazer excelentes números frente a CP3) e Gasol, recém-eleito Melhor Defensor do Ano. Vou apostar que o catalão vai fazer um jogo cheio de motivação, e assinar a sua primeira grande exibição desta série, a primeira em sua casa, onde vai ser recebido em euforia, e com um troféu nos braços.

Dia 6: Marc Gasol (Memphis Grizzlies)

24/04/13

Playoffs num minuto - Stephen Curry apresenta-se ao mundo


Heat 98, Bucks 86 (2-0)
Nova vitória para Miami num jogo equilibrado durante 3 períodos (68-65), em que os Heat abriram o último parcial com uma 'run' de 12-0 e arrumaram com o jogo antes que os Bucks tivessem percebido o que tinha acabado de acontecer. Numa noite discreta para LeBron (de acordo com os seus padrões, ainda assim 19-8-6, 6-14 FG), foi Wade quem carregou os campeões durante a primeira parte, terminando com 21 pontos, e ainda com boas contribuições vindas do banco (Ray Allen e 'Birdman' juntaram 10 pontos cada). Se não tivessem tido uma prestação tão fraca do seu backcourt (Ellis e Jennings juntos: 15 pontos em 5-22 FG, 10 assistências para 6 turnovers), os Bucks talvez tivessem reunido condições para discutir o resultado. Paciência.


Knicks 87, Celtics 71 (2-0)
Pelo segundo jogo consecutivo, a primeira parte até correu de feição aos Celtics: conseguiram limitar Carmelo Anthony (dentro do posível), e discutiram o jogo, mantendo-se até muitas vezes por cima do resultado. O problema é que o jogo tem duas, e na segunda o conjunto de Boston conseguiu marcar a bonita quantia de 23 pontos, e assim não vai dar; os Celtics têm grandes dificuldades em movimentar a bola e em gerar jogadas ofensivas, e Rondo deve estar a desesperar ao ver Avery Bradley e Jordan Crawford tanto tempo com a bola nas mãos. Num jogo lento e muitas vezes feio, o ponto alto foi quando JR Smith, recém-eleito 6º Homem do Ano, decidiu marcar 5 pontos em 6 segundos para acabar o primeiro período.


Nuggets 117, Warriors 131 (1-1)
Se vocês foram daqueles que ontem às 3h30 da matina estavam de SportTv ligada para ver o jogo da noite, parabéns, os deuses do basket recompensaram-nos com uma chuvada de pontos e de ataque que dificilmente veremos em qualquer outra série nestes playoffs. No jogo mais importante da sua carreira (primeira aparição nos playoffs, lesão grave de David Lee), Stephen Curry fez questão de dizer 'presente' e brindar-nos com uma simpática line de 30-5-13, deixando no entanto os adeptos dos Warriors com o coração na boca quando um dos seus famosos tornozelos de papel ameaçou fraquejar no 3º período. Os Nuggets não conseguiram capitalizar o regresso do 'Manimal' Faried e a ausência de Lee, tendo perdido de forma clara nas tabelas (36-26); agora que ficaram sem homecourt, a pressão está do lado de Denver.


Notas:
- Bobcats despedem Mike Dunlap após um ano ao leme da equipa;
- Cavs contratam Mike Brown (ex-Lakers, e treinador dos Cavs durante os últimos anos de LeBron);
- Marc Gasol é oficialmente o Defensive Player of the Year

Torneio Drive to the Finals - Dia 5

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.


Jogos de hoje: HOU @ OKC, ATL @ IND, LAL @ SAS

Como já tinha dito num post anterior, estou a guardar Harden para um jogo em Houston; sendo assim, a escolha recai sobre um jogador de um dos outros dois jogos. Como acho que o confronto que opõe os Lakers aos Spurs terá uma pontuação mais elevada que a dos Pacers vs Hawks, a dúvida reside entre Pau Gasol e Dwight Howard, os homens com maiores responsabilidades na ausência forçada de Kobe. Uma vez que tenho algum receio que Howard entre em 'foul trouble' por causa de uma arbitragem mais caseira (como acontece recorrentemente nos playoffs), a minha aposta de hoje irá para o catalão.

Dia 5: Pau Gasol (Los Angeles Lakers)

23/04/13

Torneio Drive to the Finals - Dia 4

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.


Jogos de hoje: MIL @ MIA, BOS @ NYK, GSW @ DEN

Visto já ter jogado em Brandon Jennings, hoje uma boa hipótese seria aproveitar o que os Bucks têm de bom enquanto não são eliminados, mas a verdade é que não confio o suficiente em Monta Ellis (apesar do seu bom jogo 1). Como a outra série que pode ser mais curta é a que opõe os Warrios aos Nuggets, vou apostar em Steph Curry, que, após confirmada a ausência de David Lee o resto da época, precisa hoje de ter um jogo absolutamente espectacular para não deixar Golden State cair num buraco de 2-0, o que os põe com um pé e meio fora dos playoffs.

Dia 4: Stephen Curry (Golden State Warriors)

Playoffs num minuto



Bulls 90, Nets 82
Depois de terem sofrido uma avalanche de pontos no jogo 1, os Bulls arregaçaram as mangas e cederam menos 25 pontos no jogo 2. A base do sucesso esteve na contenção a Deron Williams (apenas 1-9 FG) e na agressividade de Noah, que fez duplo-duplo em apenas 25 minutos, juntado-lhe ainda 2 blocos (o segundo acabando efectivamente com o jogo). Também Deng e Boozer contribuíram com duplos-duplos.


Clippers 93, Grizzlies 91
Num jogo que foi o retrato perfeito daquilo que são estas equipas, o melhor jogador em campo resolveu no 'buzzer' uma partida muito equilibrada. Chris Paul, com 24 pontos e 9 assistências garantiu os dois pontos decisivos ao cair do pano, num duelo em que os titulares dos Clippers sofreram mais pontos do que marcaram, acontecendo o inverso para os Grizzlies. Valeu à equipa da LA o seu recheado banco (especialmente a Jamal Crawford), que foi recuperando as desvantagens ao longo da partida, mantendo o jogo ao alcance de CP3, que na altura decisiva fez o que sabe fazer melhor.


Ah, e Jamal Crawford submeteu a sua 'Mixtape And-1' em pleno 2º período de um jogo de playoffs, marcando 10 pontos seguidos para os Clippers.


Notas:
- JR Smith é o vencedor do 6º Homem do Ano (resultados);
- Paul George é o vencedor do Most Improved Player (resultados)

22/04/13

Torneio Drive to the Finals - Dia 3

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.


Jogos de hoje: CHI @ BKN, MEM @ LAC.

A escolha de hoje recai sobre um jogador duma das equipas que se encontra em desvantagem: Chicago ou Memphis. Como de Chicago só Boozer (e talvez Deng) parecem em forma para colocar números interessantes, vou apostar em Zach Randolph dos Grizzlies, apesar de ter feito apenas 18 pontos no jogo 1 por ter estado em 'foul trouble' ao longo dos 24 minutos. Os Grizzlies vão ter que se portar muito melhor hoje, e isso passa obrigatoriamente por um grande jogo de Z-Bo perante Blake Griffin.

Dia 3: Zach Randolph (Memphis Grizzlies)

Playoffs num minuto


Pacers 107, Hawks 90

Apesar de ter estado miserável a lançar (3-13 FG), Paul George explodiu para o segundo triplo-duplo da sua carreira, com 23 pontos, 11 ressaltos e 12 assistências. É o género de coisas que acontecem quando a marcação individual a um All-Star é feita pelo Ashton Kutcher Kyle Korver. Jogo sem grande história, onde os Pacers conseguiram manter a formação de Atlanta a pelo menos 10 pontos de distância durante a maioria do jogo.


Spurs 91, Lakers 79

Num jogo que demonstrou todas as fragilidades da equipa de LA - 10 pontos vindos do banco, contra 40 dos Spurs; 18 turnovers contra 9 dos Spurs - a granda figura do jogo acabou por ser Ginobili, que tendo jogado apenas em um dos últimos 10 jogos dos Spurs na fase regular, apareceu a marcar 18 pontos em 18 minutos, desequilibrando a partida a favor dos texanos. Apesar de terem lançado melhor e de terem contado com bons jogos de Dwight Howard (20/15 com 2 blocos) e de Pau Gasol (16/16 com 6 assistências), os Lakers terão que melhorar muito para sobreviverem a esta eliminatória.


Heat 110, Bucks 87

Num jogo sem grande história (Miami venceu todos os parciais), LeBron aproximou-se de um triplo-duplo em apenas 34 minutos, com 27 pontos, 10 ressaltos e 8 assistências (9-11 FG). Numa partida de sentido único, o melhor que os Bucks conseguiram fazer foi reduzir a desvantagem para 52-48: a partir daí Miami completou uma run de 9-0 e nunca mais deixou de ter pelo menos 10 pontos de vantagem. Imperdível foi Kevin Harlan a descrever o cabelo de Chris 'Birdman' Andersen, num momento de poesia:


Thunder 120, Rockets 91

Muito parecido com o jogo dos Heat, só que a tareia ainda foi maior: OKC também venceu todos os parciais, e também usou uma run no 2º período, transformando um empate a 40 num resultado de 60-45 para deixar para trás os Rockets. Russell Westbrook também andou a ameaçar o triplo duplo (19 pontos, 8 resslaltos e 10 assistências), Durant 'ajudou' com 24 e Harden apenas conseguiu contrariar com 20, num jogo em que não teve ajuda (basta dizer que Lin acabou com os mesmos pontos... que Perkins).


Notas 
- A Associated Press diz que JR Smith é o vencedor do 6th man of the year, apesar de não haver resultados oficiais
- Warriors confirmam as piores previsões, David Lee de fora o resto da época
- Depois do despedimento de Byron Scott, os Cavs estão interessados em Phil Jackson para treinar a equipa
- Jogos de hoje: Bulls @ Nets, Grizzlies @ Clippers

21/04/13

Playoffs num minuto

Knicks 85, Celtics 78

Carmelo Anthony explodiu para 36 pontos e resolve o jogo na sua única assistência, onde os Celtics deitaram tudo a perder no último período, onde fizeram 8 pontos.. e 8 turnovers, depois de uma excelente primeira parte. Jeff Green destacou-se por Boston com 26 pontos e 7 ressaltos.


Nuggets 97, Warriors 95

Andre Miller, que em 14 anos de NBA nunca passou a primeira ronda dos playoffs, parece estar com vontade de mudar a narrativa. O Professor, como é conhecido, deu um recital de basket ontem à noite, com 28 pontos em 27 minutos, incluindo 18 no 4º período. Excelente jogo, que ficou ainda marcado pela ausência de última hora de Kenneth Faried e pela saída de David Lee, estando ambos em dúvida para o Jogo 2.


Nets 106, Bulls 89

Na baptismo de playoffs dos Nets em Brooklyn, uma eliminatória que parecia ser bastante equilibrada ameaça seriamente não o ser. Sem Rose e com Noah extremamente limitado (apenas 13 minutos em campo), Deron Williams (22 pontos e 7 assistências) e Brook Lopez (21 pontos e 3 blocos) fizeram o que quiseram da defesa de Chicago, num jogo que foi ainda mais desequilibrado do que o resultado faz parecer.


Clippers 112, Grizzlies 91

Num jogo extremamente físico, tal como se esperava (57 faltas assinaladas!), os Clippers apresentaram-se mais fortes no 4º período (37-22 no marcador) para garantir a primeira vitória nesta série. Chris Paul foi o melhor em campo com 23 pontos e 7 assistências num jogo que foi decidido na luta das tabelas, onde os Clippers apanharam 47 ressaltos, mais do dobro do adversário (apenas 23). Como disse Marc Gasol no fim: "We got beat at our own game."

Torneio Drive to the Finals - Dia 2

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.


Jogos de hoje: ATL@IND, LAL@SAS, MIL@MIA, HOU@OKC

Para hoje recomenda-se um jogador de uma das equipas que previsivelmente irá mais cedo para casa: os Rockets ou os Bucks. Como tenho esperança que Harden ainda vá fazer um jogo memorável face à sua antiga equipa, vou guardá-lo para um jogo em casa. A escolha resume-se assim a um dos bases de Milwaukee - Monta Ellis ou Brandon Jennings. Como Ellis irá sofrer marcação apertada de Wade, tendo-se dado muuuuuito mal com isso na fase regular (4 jogos, 9.5 pontos e 3.5 turnovers por jogo em 30.2% de lançamento de campo), a escolha recai sobre o Point Guard da equipa, Jennings.

Dia 2: Brandon Jennings (Milwaukee Bucks)

20/04/13

As previsões (parvas) para a Conferência Oeste

Com os playoffs a arrancar hoje, a NBA Lusa mergulha nessa ciência exacta e sem falhas que são as previsões desportivas. Depois da Conferência Este, vamos olhar para basket a sério e prever as séries do Wild West.

(1) Oklahoma City Thunder vs (8) Houston Rockets


Ironia do destino. No mesmo ano em que separaram Durant, Westbrook e James Harden ao trocar o Barbas para Houston, vamos ter um reencontro entre os 3, naquela que é a história principal desta série. Oklahoma City tem equipa de sobra para passar sem dificuldade, e caso Harden não expluda para um jogo memorável face à antiga equipa, podemos ter uma sweep

THUNDER em 5.

(2) San Antonio Spurs vs (7) Los Angeles Lakers


Ginobili/Parker/Duncan vs Nash/Kobe/Gasol?! Tragam o dominó, que esta gente já não vai para nova. Aliás, Ginobili e Kobe não podem jogar, e em boa verdade há outras soluções mais novas nas equipas (Leonard e Howard), pelo que a série não vai ser tão lenta como as pessoas possam esperar. 
Os Spurs são favoritos, mas para além da ausência de Ginobili, Parker não está a 100% e os seus role players não estão em forma, com a excepção de Kawhi Leonard. Parece uma equipa mais lenta do que o costume, e nem há uma semana os Lakers venceram um jogo decisivo face aos Spurs. A equipa de LA recebe amanhã Steve Nash, que pode formar um trio perigoso com um rejuvenescido Gasol e um Howard finalmente em grande forma. Vai ser muito mais equilibrado do que se possa julgar, até porque esta é a eliminatória de Oeste candidata a "Série Em Que O David Stern Liga Aos Árbitros Para Levarem Isto A 7 Jogos".

(prognóstico perfeitamente faccioso sem razão de ser) LAKERS em 7.

(3) Denver Nuggets vs (6) Golden State Warriors


Uma série que vai fazer chover pontos com fartura, está neste momento mais imprevisível que nunca. Os Nuggets, que partiam como favoritos, perderam nas últimas semanas Gallinari (para o resto da época) e Faried (de fora para o primeiro jogo), para além de que Ty Lawson não se encontra a 100%. De repente, esta é uma série que pode cair para qualquer lado, especialmente com o génio de Steph Curry (o melhor jogador destas duas equipas) à solta e a largar bombas. Apesar de tudo, o homecourt de Denver e a sua boa defesa fazem-me acreditar que serão eles a passar, numa eliminatória estupidamente divertida.

NUGGETS em 6.

(4) Los Angeles Clippers vs (5) Memphis Grizzlies


Isto vai ser giro. Ponto prévio: estas equipas odeiam-se. Os Grizzlies, que defendem com tudo e atacam à base de poder de fogo interior, têm uma imagem de agressividade que gostam de manter; os Clippers, como toda a gente sabe, têm mais do que fama de serem um bando de floppers. O ano passado esta série foi a 7 jogos, com os Clippers a darem conta do recado fora de portas, e estas equipas não ficaram nada amigas uma da outra - mesmo nos seus jogos da fase regular, havia uma atmosfera diferente. Vai ser uma eliminatória espectacular, em que não sei se o talento do melhor jogador em campo (Chris Paul, duh. CP3 é o único jogador da história com pelo menos 20pts/10asts de média nos playoffs) chegará para superar uma grande defesa e o talento colectivo ofensivo do trio Conley/Z-Bo/Gasol.

(Odeio os Clippers, caraças) GRIZZLIES em 7.

Torneio Drive to the Finals - Dia 1

Em cada dia, a NBA Lusa vai dar o seu palpite para um bom jogador em quem apostar nesse dia de Playoffs, tanto para ajudar nas vossas indecisões como para eu me convencer de que estou a fazer uma boa aposta e poder vir reler o que escrevi quando um dos meus jogadores não chegar aos 10 pontos.



Jogos de hoje: BOS@NYK, GSW@DEN, CHI@BKN e MEM@LAC.

Um primeiro dia já com uma escolha difícil, uma vez que todas estas séries são candidatas a durar 6 ou 7 jogos, não havendo ninguém de quem se possa dizer com certeza que fica pelo caminho. O tipo de jogador em que eu tento apostar deve reunir idealmente estas 3 características:

1) Joga numa equipa candidata a ficar pelo caminho;
2) O adversário não tem um matchup à sua altura;
3) De preferência, joga em casa (a maioria dos jogadores tem melhores números quando jogam no seu court).

Já vimos que no Critério 1 ninguém se destaca, mas nos 2 e 3 há alguém que me salta imediatamente à vista: Deron Williams, base dos Nets. Joga em casa (duh) na estreia dos Nets nos playoffs na cidade de Brooklyn, vai ser marcado por Hinrich/Nate Robinson (bar aberto), e hoje provavelmente Noah não irá jogar (bónus). O único contra é que esta é uma aposta muito forte no caso dos Nets passarem, perdendo-se já um jogador valioso. Mas como se passarem apanham os Heat e não irão durar muito tempo, parece-me uma boa escolha.

DIA 1: Deron Williams (Brooklyn Nets)
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Ainda vai a tempo de se inscrever aqui no Torneio, que começa hoje às 20h.

As previsões (parvas) para a Conferência Este

Com as playoffs a arrancar hoje, a NBA Lusa mergulha nessa ciência exacta e sem falhas que são as previsões desportivas. Começamos pela conferência Este, para deixar o melhor para o fim, que esta interessa muito menos que a outra.

(1) Miami Heat vs (8) Milwaukee Bucks


Esta é fácil. A questão que se coloca para esta série não é ''Quem vai passar?" mas sim "Será que os Bucks sacam um jogo que seja?".

Não me cheira.

Apesar de os Bucks terem jogadores que, a espaços, podem complicar a vida de LeBron e Bosh no ataque com dois excelentes defensores (Luc Richard Mbah a Moute e Larry Sanders, respectivamente. Mbah a Moute recebe aqui um abraço sentido da NBA Lusa por preferir ir jogar para a NBA em vez de ficar nos Camarões, onde pelos vistos é um príncipe), a verdade é que são demasiado fracos no perímetro defensivo  - com o trio Ellis/Jennings/Redick - para Wade, a 'outra' força ofensiva dos Heat. A grande esperança dos Bucks reside nas explosões de pontos que tanto Monta Ellis como Brandon Jennings conseguem gerar, ou pelo menos era até vermos os jogos de Ellis frente aos Heat esta época (com marcação de Wade, convém lembrar):

4 jogos, 34 MPG, 9.5 pontos e 3.5 turnovers por jogo, a lançar 30.2% de campo. Ellis no bueno.

Para além disto, os Bucks não têm banco e os Heat não têm lesões; costuma-se dizer que numa série de playoffs da NBA ganha quem tem o melhor jogador. Os Heat têm o melhor. E outro a seguir. E o outro a seguir.

HEAT em 4.

(2) New York Knicks vs (7) Boston Celtics


E cá está o nosso primeiro candidato a "Série Em Que O David Stern Liga Aos Árbitros Para Levarem Isto A 7 Jogos" dos playoffs. Segurem-se: os jogos Celtics-Heat (aka the Honey Nut Cheerios Series) vão ser feios: de um lado temos os favoritos de New York a quererem tirar definitivamente a coroa aos Celtics como grandes  rivais dos Heat, Carmelo Anthony na sua melhor época e um batalhão de gente disposta a lançar a noite toda de triplo, numa equipa que movimenta muito bem a bola; do outro temos os Celtics, feridos no orgulho por serem underdogs sem a presença de Rondo e a quererem lutar por uma última corrida juntos.

Vai ser uma série muito mais disputada do que se possa pensar: Jeff Green pode controlar defensivamente 'Melo; Garnett anula Tyson Chandler e Avery Bradley é uma peste defensiva que nem Felton nem Kidd podem ignorar. Os Celtics vão tentar jogar da forma mais dura defensivamente que conseguirem, para com isso tentarem fazer com que a bola fique o mais tempo que for possível parada nas mãos de Carmelo, que é quando os Knicks são mais fracos (não conseguindo fazer chegar a bola à sua horde de especialistas de 3). E ainda nem falámos de Paul Pierce, a fazer uma época incrível desde que Rondo se magoou, e que parece ter um prazer especial em bater os Knicks. 

Não faço ideia como esta acaba.

CELTICS em 7.

(3) Indiana Pacers vs (6) Atlanta Hawks


Vamos ser sinceros: ninguém quer saber desta série para nada. Os Pacers têm, a par dos Grizzlies, a melhor defesa da NBA, e isso deve ser mais do que suficiente para passar os Hawks, já que estes fazem-se valer pela dupla Josh Smith e Al Horford, que vai ter uma vida muito difícil no interior perante Paul George, David West e Roy Hibbert. A única dúvida é tentar saber quantos jogos ganhará a formação de Atlanta. The End.

PACERS em 6.

(4) Brooklyn Nets vs (5) Chicago Bulls


Talvez a série mais intrigante da primeira ronda, tanto pelo equilíbrio como pela incógnita que são estas equipas. Os Nets chegaram aqui por basicamente fazerem os que lhes competia: perderam contra as equipas mais fortes e ganharam às mais fracas; enquanto que os Bulls tiveram que jogar com tudo noite após noite no rígido sistema de Thibodeau para conseguirem uma vaga nos playoffs com um Rose ausente. Os Nets são mais fortes no papel, têm mais soluções que os Bulls, que estão completamente arrasados fisicamente. Os Bulls são mais equipa, conseguem defender melhor, e isso é talvez a melhor característica a ter nos playoffs. A decisão desta eliminatória vai residir na saúde de Joakim Noah, que parece que vai falhar hoje o Jogo 1 da série.

BULLS em 7.

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Não se esqueçam de se inscrever no Torneio da NBA Lusa - arranca hoje às 20h, com o início do jogo Celtics @ Knicks.

18/04/13

Torneio de Playoffs NBA Lusa - Drive to the Finals



Os playoffs estão à porta, e com isso o melhor basket do ano. Para tornar as coisas (ainda) mais interessantes, a NBA Lusa vai organizar um Torneio com base num jogo do site NBA.com, chamado Drive to the Finals.

Basicamente, o jogo consiste em escolher, em cada dia dos playoffs, um jogador. A pontuação atribuída a esse jogador é a soma dos seus Pontos + Ressaltos + Assistências. A dificuldade do jogo está no facto de não se poder repetir um único jogador durante todos os playoffs, isto é, se eu escolher LeBron ou Durant para o primeiro fim-de-semana de playoffs, provavelmente quando chegarem as finais de conferência e as Finals estarei sem jogadores de qualidade para apostar. É fácil e divertido comó caraças para algum trash-talk entre amigos.

Juntem-se já, que os playoffs começam já no Sábado!

Inscrição em: http://www.nba.com/drive/
Nome da Liga: NBA Lusa
Password: nbalusa2013

Prémios Fase Regular - Most Improved Player e 6th Man of the Year

Há grandes mistérios na vida, e um deles é o facto de eu não ser um dos 122 media members que votam nos prémios de fim de época da Fase Regular. Como isto se deve provavelmente a um erro e ainda hoje me devem ligar a pedir os votos, o melhor é meter mãos ao trabalho e decidi-los. As votações que se seguem (5 votos para MVP, 3 para DPOY, etc.) são feitas na mesma estrutura dos votos oficiais.

6th Man of the Year

JR Smith teve nesta época a sua melhor na NBA
1. JR Smith
2. Jarret Jack
3. Ryan Anderson

Demorou, mas foi. Depois de anos bastante atribulados dentro e fora do court em New Orleans e Denver (especialmente fora - quem não se lembra disto, ou disto?), JR Smith parece ter encontrado o seu papel ideal na NBA. Durante anos considerado um jogador irresponsável a defender e confiante demais a atacar (particularmente a lançar ao cesto), os Knicks deram-lhe este ano o lugar de 6º homem da equipa, dizendo-lhe basicamente, "Vais sair do banco, jogas meia hora por jogo em velocidade máxima, e sempre que o Carmelo sair, lanças quantas vezes quiseres''. A estratégia resultou na perfeição, com Smith a liderar os suplentes da NBA em minutos e pontos, e a revelar-se fundamental numa equipa que tem dificuldades em pôr a bola no cesto sem Carmelo Anthony (e 'Melo falhou 15 jogos por lesão). Uma época bastante sólida num prémio que, a confirmar-se, será justíssimo.

Jarrett Jack recebe o 2º lugar por se ter reinventado como 6º homem e líder fora de campo numa das equipas sensação do campeonato. Com Stephen Curry e Klay Thompson no backcourt dos Warriors, as entradas de Jack permitiram a Curry jogar mais sem bola, ficando à espera de receber passes e largar 'bombas' da linha de triplo. Resultado: com 2 triplos hoje, Curry irá bater o recorde de 3's numa só época (269) pertencente a Ray Allen, e Jack lidera os suplentes da Liga em assistências. Um veterano que se adaptou perfeitamente à sua nova equipa, que estará este ano de volta aos playoffs. E muito se deve a Jarrett Jack.

O 3º lugar vai para Ryan Anderson que continuou a fazer aquilo que melhor sabe: lançar triplos. Numa frontline que teve muita dificuldade para marcar pontos (Anthony Davis e Robin Lopez), as entradas de Anderson em campo (e os seus 16PPG) foram absolutamente essenciais para os Hornets, que estão em fase de crescimento. Uma boa época num ano em que tinha tudo para não o ser, depois da assinatura de um grande contrato com uma nova equipa.

Outros candidatos: Vince Carter, Gordon Hayward, Nate Robinson, Jamal Crawford, Andre Miller e Shane Battier.


Most Improved Player

Há um ano atrás, quantos seguidores da NBA sabiam quem era o #8 dos Bucks?

1. Larry Sanders (Milwaukee Bucks)
2. Greivis Vasquez (New Orleans Hornets)
3. Earl Clark (Los Angeles Lakers)

É de longe o prémio mais difícil de atribuir, por ser muito dúbio. Geralmente quem vota cai numa destas 3 interpretações:

- Puto nos primeiros anos na Liga que, apesar de toda a gente saber que ele tem qualidade, está a evoluir acima do esperado (Jrue Holiday e Paul George);
- Puto nos primeiros anos de NBA que apanha toda a gente de surpresa por ninguém fazer ideia que ele conseguia fazer o que está a fazer (Larry Sanders, Greivis Vasquez, Nikola Vucevic);
- Jogador com alguns anos de NBA que teve este ano um ressurgimento na carreira (Earl Clark, Andray Blatche).

E é este o problema - como é que se vota para este prémio? Sempre pronto a dar resposta às questões menos interessantes da actualidade, na minha óptica este prémio deve ser atribuído aos jogadores que no fim da época me fizeram pensar em voz alta, "Quem é este gajo de quem eu praticamente nunca tinha ouvido falar, e que afinal joga comó caraças? E PORQUE É QUE OS LAKERS NÃO VIRAM QUE ESTE TIPO CONSEGUIA SER ASSIM?!?!".

E o vencedor só pode ser um: Larry Sanders. Na sua 3ª época em Milwaukee, onde nunca tinha jogado mais de 15 minutos por jogo, saltou para quase 30, obtendo máximos em todas as categorias, particularmente em blocos, onde apenas é superado em toda a NBA por Serge Ibaka. É a âncora defensiva dos Bucks, que com Brandon Jennings e Monta Ellis a vaguear na defesa, não teriam regressado este ano aos playoffs de certeza se não fosse por este grande jogador (nerd alert - há até um paper científico que o define como o melhor protector do cesto em toda a NBA).

No segundo lugar aparece Greivis Vasquez, um base também na sua 3ª época, que no seu ano de estreia como titular nos Hornets esteve em grande: quase 35 minutos por jogo, máximos em praticamente todas as categorias, cometendo a proeza de liderar a NBA em número total de assistências; se alguém me tivesse perguntado no início da época "Quem vai fazer mais assistências este ano?", não sei se Greivis Vasquez estaria no meu top-50 de palpites. Grande época.

Para o terceiro voto hesitei cerca de 157 vezes entre Nikola Vucevic e Earl Clark, tendo acabado por decidir pelo jogador dos Lakers porque sou um faccioso sem vergonha. Mais a sério, optei por não votar em Vucevic por ser apenas a sua 2ª época, pelo que ainda ninguém tinha a mínima noção do que podia ou não valer. Para além disso, o ano passado estava nuns Sixers que lutavam todos os jogos por lugares no playoff e por isso não tinha a confiança do treinador enquanto rookie, e este ano está nuns Magic que desde cedo deram a época como perdida e decidiram apostar nos jovens. Na minha opinião vai ser preciso mais uma ou duas épocas para percebermos quanto vale o poste. Já Earl Clark, ninguém sabia que ele valia um bacalhau que fosse. Atirado que nem lastro pelos Magic na troca Bynum-Iguodala-Howard (tal como Vucevic, curiosamente, mas pelos Sixers), Clark ganhou lugar de destaque nos Lakers em virtude das imensas lesões sofridas por Nash, MWP, Gasol e Howard. Na sua 3ª equipa em quatro anos de NBA, Clark atingiu máximos em todas as categorias relevantes, apanhando até toda a gente de surpresa quando decidiu mostrar que até triplos aprendeu da noite para o dia (Clark tem 35 triplos este ano pelos Lakers e DOIS nas outras 3 épocas juntas). Uma agradável surpresa para uma equipa que não teve muitas razões para sorrir este ano.

Menções honrosas: Nikola Vucevic, Jimmy Butler e Lance Stephenson.

17/04/13

Prémios da Fase Regular - Defensive Player e Rookie of the Year

Há grandes mistérios na vida, e um deles é o facto de eu não ser um dos 122 media members que votam nos prémios de fim de época da Fase Regular. Como isto se deve provavelmente a um erro e ainda hoje me devem ligar a pedir os votos, o melhor é meter mãos ao trabalho e decidi-los. As votações que se seguem (5 votos para MVP, 3 para DPOY, etc.) são feitas na estrutura dos votos oficiais.

Defensive Player of the Year (DPOY)

Irá Marc Gasol tornar-se o primeiro jogador europeu a conquistar o troféu?
1. Marc Gasol
2. Joakim Noah
3. Lebron James

Os Memphis Grizzlies são, à entrada para os playoffs, donos da melhor defesa deste ano (1º em pontos sofridos por jogo, 2º em pontos sofridos por 100 posses de bola). O grande culpado disto é do faz-tudo desta equipa, Marc Gasol. Memphis acabará a fase regular em 3º ou 5º (dependendo dos resultados de hoje), algo que não parece demasiado impressionante, até nos lembrarmos que Rudy Gay saiu a meio da época e que Zach Randolph é um dos big-man da equipa (apesar de ser um excelente ressaltador, como defesa é bastante fraco, apenas disfarçando com o seu tamanho o facto de não conseguir saltar por cima de uma folha de papel). Numa conferência onde defrontam regularmente Tim Duncan, Dwight Howard, Blake Griffin, David Lee, Kenneth Faried, Dirk Nowitzki, Al Jefferson e Lamarcus Aldridge, o mérito de Gasol é óbvio. Graças à excelência do catalão, que funcionou autenticamente como 'quarterback' defensivo da equipa, e com a ajuda de Tony Allen, estes 'novos' Grizzlies tornaram-se numa força defensiva; se Gasol vencer (é o favorito), fará o que nunca nenhum europeu conseguiu: ser eleito o melhor jogador defensivo da NBA.


Quaaaaaaaaaaaase votei em Joakim Noah para o 1º lugar, perdendo no photo-finish. Inserido numa equipa com um treinador obcecado defensivamente, o francês conseguiu manter os Bulls nos playoffs sem Derrick Rose praticamente sozinho a defender (só com Deng a ajudar). No perímetro, Marco Belinelli, Nate Robinson e Kirk Hinrich são jogadores péssimos no lado defensivo do campo e, como se isso não bastasse, o pobre Joakim ainda joga ao lado de Carlos Boozer, um dos piores defensores da Liga a jogar no interior. Uma época espectacular para Noah, em que foi o verdadeiro franchise player dos Bulls.

No terceiro lugar, o voto vai para LeBron James. Apesar de não parecer, os Heat são uma equipa relativamente limitada a defender, pela razão que jogam quase sempre numa fórmula de 3 jogadores exclusivamente de perímetro + LeBron + Bosh, o que lhes retira bastante centímetros ao 5 que está no court. A salvação? LeBron, pois claro. LBJ, noite após noite, encarregou-se de cobrir a maior ameaça ofensiva do adversário, quer se tratasse de Rondo ou de Tim Duncan. Uma versatilidade única que permitiu a Miami utilizar nas restantes posições os jogadores que lhe apetecesse.

Menções honrosas para Tony Allen, Tim Duncan, Larry Sanders e Dwight Howard.

Rookie of the Year (ROY)

Damian Lillard deverá suceder a Derrick Rose e Kyrie Irving na lista de bases a ganharem o troféu

1. Damian Lillard
2. Anthony Davis
3. Bradley Beal

Uma corrida que se esperava dominada por Anthony Davis, graças à sua participação olímpica em Londres, a verdade é que desde o primeiro jogo em que Damian Lillard pegou nas rédeas dos Portland Trailblazers, nunca deixou mais ninguém aproximar-se deste troféu. Muitas equipas desconfiavam deste produto de Weber State, por nunca ter enfrentado grande concorrência ao nível universitário (a sua faculdade é de pouca relevância na NCAA, e joga numa conferência menor); quem nunca duvidou foi Portland. Desde cedo se percebeu quem os Blazers levariam com o 6º pick, e Lillard não desiludiu: lidera todos os rookies em minutos, pontos, assistências e triplos, e ainda é terceiro em steals. Um vencedor sem discussão.

Anthony Davis é segundo destacadamente, numa época em que as lesões o impediram de jogar mais e melhor. Tenho a convicção que terá uma carreira (bem) melhor que a de Lillard, mas a verdade é que o primeiro ano não o foi. Para o terceiro lugar escolhi Bradley Beal, dos Wizards. Apesar de ter começado muito mal, desde o regresso de John Wall tem mostrado todo o seu potencial como atirador (praticamente 50% de triplo com Wall em campo!) e dando legítima esperança aos fãs de Washington que têm aqui a fundação do seu backcourt para muitos anos.

Foram ainda considerados para o terceiro lugar: Harrison Barnes, Andre Drummond, Jonas Valanciunas e Michael Kidd-Gilchrist.

Prémios da Fase Regular - MVP

Há grandes mistérios na vida, e um deles é o facto de eu não ser um dos 122 media members que votam nos prémios de fim de época da Fase Regular. Como isto se deve provavelmente a um erro e ainda hoje me devem ligar a pedir os votos, o melhor é meter mãos ao trabalho e decidi-los. As votações que se seguem (5 votos para MVP, 3 para DPOY, etc.) são feitas na estrutura dos votos oficiais.

Most Valuable Player

LeBron James prepara-se para arrecadar o quarto MVP em 5 anos

1. Lebron James
2. Kevin Durant
3. Chris Paul
4. Carmelo Anthony
5. Kobe Bryant

Antes de continuar esta ''entrega de prémios'', tenho que definir a minha posição em relação a LeBron. Como adepto dos Lakers, vi-o em miúdo chegar à NBA em 2003 e ser imediatamente dado pela imprensa como 'o sucessor natural de Kobe como figura central da NBA', o que gerou junto dos adeptos a infindável discussão 'Kobe vs Lebron' que durou anos a fio. Sendo mais do que óbvio o meu lugar nesta discussão (COUNT THE RINGS!!!), nunca simpatizei com LeBron James, já que para mim não passava de um puto vinha apelidado de 'King' e ainda nada tinha feito para provar essa alcunha. Em 2007, parecia que a discussão tinha ficado decidida a favor de LBJ: os Cavs chegaram à Final da NBA (sendo varridos por 4-0 pelos Spurs), e um Kobe Bryant com 29 anos estava nuns Lakers miseráveis, depois da saída de Shaq de LA. Mas depois veio 2008, Gasol chegou a LA, os Lakers fizeram 3 finais seguidas até 2010, Kobe decidiu a final dos Jogos Olímpicos em Pequim frente à Espanha, foi MVP em 2008 e Finals MVP em 2009 e 2010, arrecadando dois títulos pelo meio para os Lakers, tudo isto enquanto o 'King' sofria derrotas mais ou menos embaraçosas nos playoffs. Ups, parece que o Rei afinal era outro.

E depois LeBron trocou Cleveland por Miami. 

Foi o mundo a arder. Passou a ser odiado, numa exploração mediática sem precedentes feita a um jogador. Resumidamente, o que se passou foi que LeBron se juntou a Wade e Bosh nos JO de Pequim em 2008, e chegaram os 3 à conclusão que os seus contratos expiravam todos no mesmo ano, e fizeram uma jura: Vamos dar tudo para estarmos juntos em 2010. Wade partilhou a ideia com Pat Riley, e o génio d'O Padrinho tratou de tornar o sonho possível em Miami, culminando tudo num programa televisivo bizarro.


Não preciso de dizer o que achei desta atitude: dar uma facada gigante na sua terra natal (Cleveland) para se juntar ao grande rival da sua geração (Wade) para jogarem juntos? Ridículo. Iria estar a mentir se dissesse que não adorei o facto de Dallas ter batido os Heat nas Finals de 2011.

Mas depois veio 2012. E LBJ foi MVP, Finals MVP, foi campeã, e foi o melhor jogador nos Jogos Olímpicos em Londres. Tudo num ano. Finalmente, LeBron tornava-se incontestavelmente no melhor jogador do Mundo. Algo que dura até hoje, e que nos traz até à questão do MVP deste ano.

Este ano, LeBron foi ainda melhor. Para além de ser claramente o melhor jogador da Liga, a sua equipa também foi a melhor, quase fazendo história pelo caminho (as 27 vitórias seguidas). LeBron James vai acabar o ano com um PER de 31.5, mais coisa menos coisa (Player Efficiency Rating, uma medida mais ou menos geek de calcular a eficiência de um jogador, onde a média da Liga é sempre 15, a partir de 20 é de nível All-Star e a partir de 30 é uma época excepcional). Aqui fica a lista de jogadores que tiveram épocas com um PER superior a 31.5:

- Wilt Chamberlain (3x);
- Michael Jordan (2x);
- LeBron James (2x, incluindo esta época);
- Whoops, não há mais ninguém.

Para se ter uma ideia do que Lebron fez: é 5º em FG% (1º se excluirmos os big men da lista), 8º em assistências (1º se excluirmos bases), e 4º em pontos, tudo isto enquanto é responsável defensivamente pelo melhor jogador adversário, seja ele um PG ou um PF. Lebron vai sem dúvida ganhar o seu 4º MVP em 5 anos, e merece-o completamente. Já agora, a lista de quem ganhou 4 ou mais MVP's é esta: Kareem (6), Bill Russell e Jordan (5), Wilt Chamberlain e LeBron (4, com o desta época). Não é a pior companhia para se estar. Só por curiosidade, a lista de quem ganhou 4 MVP's no espaço de 5 anos:

- Bill Russell ('61, '62, '63, '65);
- Lebron James ('09, '10, '12, '13);
- É só.

LBJ devia ser o vencedor unânime deste troféu, e se algum dos 122 votantes não votar nele, o seu nome devia ser tornado público e nunca mais poderia votar na vida. A única discussão que há a ter aqui é outra: será que Lebron James está a ter o melhor ano que um basquetebolista já teve na História da modalidade? (se LBJ for campeão pelos Heat este ano, ganhará no espaço de 12 meses 2 MVP's, 2 Finals MVP, 2 títulos para os Heat e um ouro olímpico para os EUA). Nunca irei simpatizar com LeBron fora do court, mas dentro dele, as evidências são claras demais: é o melhor.

Kevin Durant leva o 2º lugar, e é basicamente o único jogador que não levou uma volta de avanço de LBJ nesta corrida: em relação à época passada melhorou em pontos, assistências, steals, blocos, baixou turnovers e subiu as 3 percentagens de lançamento, sendo que se vai tornar apenas no 8º jogador da história a lançar pelo menos 50% de campo, 40% de triplo e 90% de lance livre, um feito formidável, tudo isto enquanto os Thunder vão classificar-se em 1º de Oeste, apesar da perda de James Harden.

Na restante votação, Chris Paul recebe o 3º lugar por um triz face a 'Melo: apesar de Anthony ter conduzido os Knicks a um excelente 2º lugar e de ter conquistado o título de melhor marcador, Chris Paul  é mais completo ofensivamente e muito melhor na defesa, conduziu os Clippers à sua melhor fase regular de sempre e ao seu primeiro título de Divisão, enquanto liderou a Liga em assistências e steals, e ainda consegiu fazer parecer Blake Griffin um bom jogador e Vinny Del Negro um bom treinador. Incrível. Kobe recebe o 5º lugar pelo esforço sobre-humano que fez no seu 17º ano de Liga, ao carregar os Lakers às costas com um plantel recheado de lesões dentro do court e drama fora dele.

Foram ainda considerados para a votação (e desde já lhes peço desculpa se estiverem a ler isto): James Harden, Tony Parker, Tim Duncan e Stephen Curry.